12 de fevereiro de 2021 às 10:20
AuxÃlio deve voltar em março e por até 4 meses, diz Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro,
afirmou nesta quinta-feira (11) que uma nova rodada do auxÃlio emergencial deve
ser paga a partir de março e por um perÃodo de até quatro meses. O chefe do
Executivo afirmou que essa é a alternativa discutida atualmente entre o
Executivo e o Congresso. Ele disse, contudo, que não sabe qual seria o valor do
benefÃcio.
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda
certeza - pode não ser - a partir de março, (por) três, quatro meses",
disse em conversa com jornalistas ao final de evento do governo em Alcântara
(MA). "Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento
também porque temos que ter responsabilidade fiscal", acrescentou.
O presidente não deu detalhes de quantas pessoas vão ser
contempladas com essa nova rodada do auxÃlio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já disse que a ideia é
atender à metade dos 64 milhões de beneficiários que receberam no ano passado.
Nem o presidente nem o ministro disseram como vão ser os critérios de seleção.
Mais cedo, durante evento de entrega de tÃtulos de
propriedade rural, Bolsonaro já havia sinalizado que o governo estuda conceder
novas parcelas do auxÃlio emergencial "por alguns meses".
Em janeiro, o presidente disse que a retomada do auxÃlio
"quebraria" o Brasil. Agora, contudo, ele diz que vai ter uma nova
rodada, mas que a retomada do benefÃcio "representa um endividamento muito
grande do nosso PaÃs".
Na conversa com jornalistas após a cerimônia, repetiu que o
auxÃlio custa "caro" para o PaÃs. "Eterno é aposentadoria, o BPC
(BenefÃcio de Prestação Continuada), tá? E é uma questão emergencial, porque
custa caro para o Brasil", disse.
Bolsonaro reforçou sua defesa pela retomada das atividades
normais do comércio, sem restrições por conta da pandemia da covid-19.
"Agora, não basta apenas conceder mais um perÃodo de auxÃlio emergencial,
o comércio tem que voltar a funcionar, tem que acabar com essa história de
'fecha tudo'", disse. "Devemos cuidar dos mais idosos e quem tem
comorbidade, o resto tem que trabalhar, caso contrário, se nos endividarmos
muito o Brasil pode perder crédito e daà a inflação vem, a dÃvida já está em R$
5 trilhões, daà vem o caos. Ninguém quer isso aÃ", declarou.
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), cobrou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por uma nova rodada do
auxÃlio emergencial com "uma alternativa viável" para o benefÃcio ser
concedido.
Guedes aceita mais três parcelas de R$ 200, mas condiciona a
aprovação de uma nova rodada à aprovação de medidas de ajuste fiscal, como
cortes de gastos com servidores, e uma base jurÃdica (que poderia ser uma
cláusula de calamidade ou uma nova versão da PEC do orçamento de guerra para
permitir ao governo ampliar os gastos fora de amarras fiscais).
Fonte: Portal R7